José Martins, de seu nome completo José Jerónimo Caeiro Martins, vulgarmente conhecido apenas por Martins, nasceu em Évora na Freguesia de São Mamede a 23 de Maio de 1936, sendo um dos muitos Eborenses que mostrou as suas qualidades futebolísticas em Clubes da Cidade e, também em Clubes de Outras Localidades.
Martins jogou nas Escolas de Jogadores, Juniores e Reservas do Lusitano Ginásio Clube, de que escolhemos, para ilustrar este artigo, a foto da Equipe de Escola de Jogadores que, em 14 de Fevreiro de 1954, venceu igual categoria do Sporting Clube de Portugal por 2-0 com golos de Duarte Nogueira e Victor Leão.
EM CIMA - Silvestre Baúto, Joaquim Charneca, José Martins, António David (Paló), José Candeias e Lagarto.
EM BAIXO - Francisco Silva (Chico das Moças), Quinito, Victor Leão, Duarte Nogueira e Gil Duarte.
Depois actuou na 1ª. Equipa do Sport Lisboa e Évora, para onde se transferiu, em virtude dos Lusitanistas disputarem, com Equipa profissionalizada, o Campeonato Nacional da 1ª. Divisão e, por isso ser muito difícil atingir a equipa principal, principalmente para quem como ele exercia a profisão de mecânico.
Após cumprir o serviço militar obrigatório rumou para Lisboa a fim de exercer a sua profissão de mecânico de automoveis nas oficinas da Firma Palma & Morgado, Ldª.
Como temos dito, eram muitas as Empresas que, em meados do século passado, possuíam equipas de futebol com o fim de disputarem os Campeonatos da FNAT ou para servirem de entretenimento e confraternização com outros grupos, como sucedia com a sua nova entidade patronal.
Neste contexto, Martins começou a fazer parte, como defesa esquerdo, do Grupo Desportivo da Firma Palma & Morgado Lda., que disputava o Campeonato da 2ª. Divisão de Lisboa da FNAT, cujas cores defendeu entre 1959 e 1964.
Martins é o segundo a contar da esquerda no primeiro plano.
Por sua vez, o Grupo tinha como treinador Capelo que, com Morais formou o carismático duo de defesas do COL (Clube Oriental de Lisboa), popular clube de Marvila, nas décadas de 40 e 50 do século vinte.
Por isso, por indicação de Capelo esteve para ingressar no COL (Clube Oriental de Lisboa), onde inclusivamente chegou a treinar com agrado, não se tendo no entanto concretizado a transferência, pelo facto do Lusitano ter pretendido 200 contos (cerca de 1.000 Euros se fosse hoje), pela carta de desvinculação, verba considerada elevada por Dr. Damas Mora, presidente do Clube Lisboeta
Como tantos outros procurou melhor vida e seguiu até África mais concretamente para Lourenço Marques, Capital de Moçambique, continuando a exercer exercer a sua actividade como mecânico de automóveis, na Sociedade Comercial Italomoçambicana.
Em Lourenço Marques apenas jogou em clubes populares e no clube Desportivo da Italomoçambicana , por não lhe ser possível conciliar o trabalho com o futebol, contrariando a vontade dos que pretendiam que fizesse parte das suas Equipes preferidas.
Em mil novecentos e setenta e sete regressou a Portugal e, a Évora para continuar a sua actividade profissional até dois mil e um, quando se reformou, passando depois a fazer parte dos habituais frequentadores da Praça de Giraldo, a Sala de Visitas da Cidade que o viu nascer.
ARMANDO RIBEIRO
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